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domingo, 20 de setembro de 2015

Terremotos no Brasil


Terremotos ocorridos no Brasil

Na semana do fortíssimo terremoto seguido de (pequeno, ufa!) tsunami no Chile os alunos sempre perguntam: "e no Brasil, tem terremoto? Tsunami?". A resposta que dou é que sim, porem sem a mesma frequencia e intensidade que ocorrem em determinados lugares. O mapa acima deixa bem claro o seguinte: apesar de poucos, alguns terremotos foram bem assustadores, beirando estimativas de 7,0 graus na escala Richter.

Fonte: Folha de São Paulo 
Apesar de não medir os danos provocados por um sismo, dá pra ter uma noção do que ocorre pela intensidade. A escala de Mercalli é exclusiva para medir danos sem levar em conta a intensidade do terremoto, mas somente desabamentos, feridos e mortos no evento. Assim um terremoto de 8,3 como o do Chile que matou 5 pessoas foi menos destrutivo que um de 7,0 que tenha matado 10 em outro lugar mais povoado.
Voltando para o Brasil, o maior terremoto já relatado foi estimado em 7,0 com epicentro em Manaus no ano de 1690. Os registros da época, feitos por padres jesuítas das missões na região, relataram fortes tremores com danos às casas, árvores derrubadas e uma inversão temporária do curso do rio amazonas com inundações nas margens de toda a bacia hidrográfica.

Fonte: UnB

Mas porque o Brasil tem sismos se não está perto de limites de placas convergentes? A resposta é que o território brasileiro tem falhas geológicas que, de vez em quando, se movimentam. Entenda essas falhas como "rachaduras" na crosta continental e elas estão sujeitas à tectônica de placas, por isso essas falhas se movimentam junto com o resto da placa. É igual a uma freada quando estamos em um ônibus, a gente se mexe junto com o veículo, mas você pode escorregar um pouquinho mais no banco até se segurar.


Viram quantas falhas geológicas? É meio preocupante, mas pelo menos não veremos aqui em terras brasilis sismos acima de 8,0 (espero não queimar a língua). Mas e tsunamis?
Um terremoto com mais de 7,0 de intensidade pode gerar grandes ondas se for perto do oceano ou no fundo dele e, de vez em quando, a cordilheira meso oceânica no Atlântico apronta um desses. Apesar de ser um limite divergente, há muitas falhas transcorrentes que são perigosas.
Em 1541 foi relatado que uma onda gigante que devastou São Vicente, então uma pequena vila ocupada por indígenas e portugueses. Tiveram que mudar a vila de lugar tamanha devastação. Mas não há consenso se foi um tsunami porque a vila destruída ficou embaixo d'água, abrindo caminho para um possível escorregamento do litoral, rebaixando-o e seguindo a inundação.
Enquanto isso, vamos torcendo para nunca ter nada disso por aqui...

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