Aprendendo e ensinando sempre!

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domingo, 29 de novembro de 2015

Prova de Geografia 3º trimestre 9º ano

Esta é a última do ano, depois só recuperação de nota.
O texto único vale para consulta de todas as questões.
Boa prova!

http://goo.gl/forms/ndvktSB2P5

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dia da Consciência Negra


O conhecimento realmente liberta!
O Dia da Consciência Negra deve ser usado para ensinar sobre igualdade, liberdade, diversidade e respeito. Por séculos nosso país viveu sob a tirania de uma minoria rica e violenta, índios e negros exterminados e escravizados em nome do poder e riqueza. Compreender este aspecto da História é necessário para saber que toda a compensação atual ainda é pouco diante dos anos de miséria que se sucederam aos descendentes desses povos.
Lutemos! 

domingo, 15 de novembro de 2015

Prova de História do Ciclo 5

Olá galera, desculpe o atraso, mas a prova está disponível abaixo.
Boa sorte!

http://goo.gl/forms/0Lffah7evd

Terror na sexta feira 13

Qual será a próxima jogada combinada?
Não, nada de falar em filmes de terror ou brincadeiras com as superstições que envolvem a sexta feira 13. Vamos falar do terror real praticado por homens contra homens no mundo real.
A relação direta criada por Israel nos anos 1960 e EUA após o 11 de setembro de 2001 entre o Islã e o terrorismo deve ser mais intensa agora com os atentados praticados em Paris. A violência praticada foi inaceitável, o que justifica a extensa cobertura da mídia global por todo o fim de semana. Muitos repórteres que cobrem a difícil geopolítica do Oriente Médio se apressaram em relacionar a violência à uma retaliação aos bombardeios praticados por Turquia, Rússia, EUA e França, mas isso não está provado.



A Síria e seu povo vem sofrendo triplamente: tem no poder um ditador, os revolucionários são terroristas e sofrem bombardeios de países estrangeiros por causa dos revolucionários. Ou seja, não tem para onde correr porque agora vai ficar muito mais difícil para eles e outros imigrantes para entrar na Europa. A militarização da questão da imigração agora vai ser liberada e veremos mais casos de abuso e violência contra aqueles que tentam fugir desse inferno.
A direita européia que já estava em franca expansão está exultante e se manifestou, pois agora movidos pelo medo os eleitores darão mais ouvidos aos seus atos preconceituosos. O momento nunca foi tão propício a governos com matizes fascistas (ainda que abertamente não se assumam assim) desde a segunda guerra mundial. Que tenham paciência e não abram essa porta!
Vejamos onde isso tudo vai dar. Investigações ocorrem, prisões tambem, mas nada de informação. Só espero que dessa vez elas existam, pois até hoje o mundo aguarda as provas das armas de destruição em massa que existiam no Iraque.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Trabalho do 9º ano sobre a União Européia

O trabalho tá postado, galera. Bom proveito!
Ele fica ativo até 15 de novembro.

Racismo, um mal brasileiro no século XXI

Quem acha essa pessoa feia por causa da cor da pele vive preso em um senso estético que não cabe em nosso país...


Como novembro é o mês que tem o dia da consciência negra (dia 20), todos os posts do período serão com essa temática, direta ou indiretamente. E nada melhor do que falar do mais recente caso famoso da última semana: o de Taís Araújo.
A atriz, que considero excelente em seus papéis, foi mais uma das centenas de vítimas diárias do nosso velho racismo. Porem, diferente dos demais, esse caso foi levado adiante pela atriz. Até porque ela tem um perfil bem diferente de outras vítimas: é famosa, instruída e mobiliza parte importante da mídia para seu caso. Bem que podia ser sempre assim, mas apesar de reconhecer que a mobilização da opinião pública vai pressionar a justiça a investigar e punir os criminosos, isso evidencia que se você não é uma Taís Araújo a justiça não vai lhe atender bem!
Quantos casos chegam às delegacias e as pessoas reclamam que seu caso não é de racismo. Não se ouve a vítima nem as testemunhas (quando há), ou simplesmente as vítimas são convencidas a não dar queixa porque "isso não dará em nada" de acordo com os agentes públicos que deveriam receber a queixa e investigar.
Tomara que esse caso ganhe muita visibilidade, que a Taís não deixe barato aos agressores e que pelo menos os irascíveis racistas sejam exemplarmente punidos. Nossa sociedade está precisando ver essas coisas acontecerem ou o ódio vencerá.
O irônico é observar que já é o segundo caso este ano de famosos da Rede Globo atacados nas redes sociais, logo da emissora que trabalha para pregar a democracia racial, doutrinando o Brasil que a discriminação se dá só pela renda. Fica hipocritamente escondido assim o racismo sem discussão ou debates. Afinal, um dos mais contundentes e famoso repórter da emissora Alexandre Garcia disse em pleno telejornal da emissora no dia 21 de outubro a seguinte frase: "(...) o país não era racista até criarem as cotas (...)". O tema da reportagem era a queixa dos patrões contra a obrigatoriedade de adesão ao programa Simples Doméstico, que visa o recolhimento de impostos trabalhistas para empregados domésticos, já que agora são considerados trabalhadores e não escravos. Como alguem pode ser tão anacrônico? Será que ele não conhece a História do Brasil? Respondo que sim, ele conhece. O problema é o lado da História que ele partilha. Vejam logo aqui abaixo:


Agora ficou fácil aprender, ele foi porta voz do presidente da república na ditadura militar, então defende as ideias da elite que os colocou lá e se aproveitou do regime para enriquecer mais e mais. Mas sobre essa frase ele teve um bom mentor dentro da própria emissora. O diretor de jornalismo Ali Kamel escreveu o livro Não Somos Racistas em 2006 para ser, conforme suas próprias palavras: "Uma reação aos que querem nos transformar em uma nação bicolor" (grifo meu para que compreendam porque chamamos atitudes como esta de reacionária, os conservadores reagem assim às medidas progressistas que tentam reconhecer direitos das populações mais prejudicadas pelo racismo, como aqui mostro no texto).

Sobrou para a bela Juliana Alves o papel de capitão do mato, o de disciplinar o negro rebelde que vai contra o poder estabelecido. Mas tenho certeza que mesmo sendo obrigada a fazer a propaganda forçada do livro ela não se deixou afetar pela mensagem nefasta dentro dele. Mas compreendam a mensagem que a emissora cria para seus escravos, quer dizer, telespectadores de que racismo é um problema seu se você é vítima. É igual culpar uma mulher e sua beleza ou roupa pelo estupro.


Vejamos onde isso vai dar. Mas não espero uma mudança de atitude da Rede Globo, espero do povo ao ver tanta contradição num discurso de ódio diluído em novelas ou editoriais jornalísticos que tem a real intenção de não reconhecer a verdadeira igualdade entre as pessoas em nome do lucro. Afinal, negro na tv representa o pobre e pobre não consome o que se anuncia, esconde-se assim o negro.
Termino por aqui, indicando dois vídeos: um do marido da Taís Araújo  e outro do ex-ministro Joaquim Barbosa, que foi o negro mais poderoso da República até hoje, ambos falando de racismo.



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Trabalho sobre o filme "Tempo de Matar" para o Ciclo 5 - EJA

Olá, meus alunos! Essa tarefa fica disponível até o dia 02 de novembro, use o link abaixo para abri-la e marque todas as opções. Envie ao final e aguarde a mensagem dizendo que a tarefa foi entregue.
Bom trabalho!

Parabéns, servidor público!



Ainda que não sejamos valorizados na sociedade, pelos salários e com a devida importância, desejo os parabéns a todos os colegas funcionários públicos de todas as esferas. Nós realmente trabalhamos para o povo!
Bom descanso a todos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Trabalho do 6º ano sobre o ciclo da água

Essa atividade ficará aberta até o dia 02 de novembro. Vamos nessa?
Pesquisem com calma e finalizem no prazo. Boa atividade!

http://goo.gl/forms/AUPnuR2JCQ

El Monstro



Passo aqui só para atualizar dados sobre o maior fenômeno El Niño já registrado. Já falamos aqui antes sobre isso, mas a imagem acima é esclarecedora dos efeitos já vistos e sofridos pela região sul do Brasil. Até então, o maior aquecimento visto na superfície do Oceano Pacífico foi em 2 de outubro de 1997 e fez muitos estragos no país. Comparando com a imagem de 01 de outubro de 2015 vemos a mancha de aquecimento das águas bem maior, o que deveria preocupar muito as autoridades e levá-los a preparar medidas de atendimento à população que pode ser atingida, caso El monstro mantenha sua força nos próximos meses. As enchentes vão piorar no sul, o sudeste vai ter recordes de calor e a dengue pode ser um flagelo. Já o nordeste pode ter uma seca incomparável, daí veremos migrações inéditas nos últimos 20 anos. 
 Ainda dá tempo pra evitar, mas nossos políticos estão pensando em si mesmos no meio de uma guerra (não)ideológica vazia de razão. Cobremos,

domingo, 18 de outubro de 2015

Trabalho sobre climas e fenômenos meteorológicos para o 6º ano. Aberto até 21/10.

Caros alunos, usem livro didático, caderno ou outro material de consulta que desejar. Algumas questões tem link com texto de ajuda. Leia com calma, observe as imagens e boa sorte!


sábado, 17 de outubro de 2015

Conservadorismo despreocupado




Como professor me preocupo muito quando dados são divulgados expressando sentimentos ruins da nossa sociedade, afinal tudo que nela acontece se reflete rapidamente na escola pública, transformando-a em um microcosmo. Mas antes de entrar na discussão, apresento a todos o autor da célebre frase usada na pesquisa.

Ex-deputado estadual Sivuca lançando seu livro na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
Pois foi ele, em suas falas para a população do estado do Rio de Janeiro, o primeiro político a explicitar uma violência contra os que cometem violência inspirados na lei mesopotâmica reproduzida no velho testamento da Bíblia, o "olho por olho, dente por dente". Mas quais os efeitos do Estado violento na sociedade?

Esses direitos nesses termos eu não quero!
Em uma utopia, onde não existissem discriminações de nenhum tipo na sociedade, talvez essa lei de Talião funcionasse. Mas aí ela não seria aplicada porque não haveria necessidade, todos estariam satisfeitos com a igualdade social promovida pela ausência do racismo e distribuição justa de renda.
Porem, voltando à realidade (triste), o racismo vai ser o melhor norteador dessas políticas de combate ao crime, reduzindo o perfil do bandido ao clássico modelo de preto, pobre e favelado (não necessariamente nessa ordem, mas pelo menos com 2 dos 3 adjetivos juntos na mesma sentença). Isso vai resultar nos desastres que vemos, vivemos ou lemos nos noticiários das grandes cidades do país, com jovens negros mortos aos montes sem nenhuma investigação chegando a termo para saber se o morto nas ações policiais realmente estava envolvido com o crime local. Aos que reclamam quando uma injustiça se faz presente, a foto acima mostra bem o tipo de tratamento reservado a eles. Mesmo que o porrete não bata fisicamente, bate moralmente, justificando a violência estatal recheada de discriminações mostrada como reação necessária.
Mas qual a causa desse reacionarismo observado em nosso país?
A resposta não é única e nem fácil. Temos acompanhado uma escalada sem precedentes de um discurso moral, iniciado com as manifestações políticas em 2013 inflamados com os noticiários sobre corrupção. Mas em um governo de esquerda, quem vai pra rua se queixar? Exatamente a direita, que se disfarçava no papinho de que no Brasil não existem esquerda e direita e que a política deve ser pragmática (buscando bons resultados) e não ideológica (que se norteia por idéias e limites fixos, como o socialismo ou liberalismo, por exemplo). Assim levaram muitas pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições de 2014 e os efeitos da crise econômica mundial que chegou ao Brasil para as ruas e redes sociais, onde ficou muito evidente a base ideológica desse grupo que tenta vender seu discurso.


Agora que ficou bem claro o que são ideologias e as diferentes vertentes na política, vejam que a discussão entre elas é muito importante. Cada país escolhe, através de seus representantes políticos, qual delas vai predominar ou quando se equilibram como resultado de acordos.
O momento político indica uma reação dos grupos de direita (mesmo que muitos não assumam que tem essa ideologia) ao de esquerda que agora estão no poder pelo 4º mandato seguido. Esse movimento é acompanhado pela mídia e redes sociais, já que a maioria dos pertencentes ao grupo tem recursos e voz na sociedade, daí seu clamores, reclamações e ideias permeiam a sociedade com mais facilidade.


Essas e outras bravatas reacionárias piores são lidas por muitos, que acabam se convencendo porque: são alienados políticos (creem na neutralidade universal) e/ou acham que tudo que está na internet é verdade (ainda que sem fontes críveis ou comprovações). Ali se adotam pensamentos que não condizem com a realidade do indivíduo, afinal a elite brasileira se resume a 15% da população. É assim que conseguem adesão aos seus ideais.

Só pra deixar bem claro, não estou defendendo com esse texto qualquer partido político ou coisa parecida. Estou exercendo uma visão crítica forjada pela minha formação acadêmica somada à vivência oriunda da classe D, já que nesse país professor entra na classe C-, pois não pode ser elite segundo a... elite!
Pra terminar, deixo duas músicas que ilustram um pouco do que disse aqui, esperando que gostem.




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Feliz dia dos professores!



Na grande maioria das escolas perdemos tempo precioso, mas devemos superar esses problemas sem estresse ou crise. Lutemos por melhores condições de trabalho e muito respeito. Meus parabens a todos os colegas de profissão. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Trabalho para o 9º ano sobre o continente europeu. Aberto até o dia 16/10.

Boa sorte, galera!
Façam com calma, leiam os textos indicados e pesquisem fontes diversas.

domingo, 27 de setembro de 2015

Cidade partida, democracia racial e outros mitos.


Real paisagem da cidade do Rio de Janeiro

Zuenir Ventura em seu livro Cidade Partida afirma que há um apartheid social na cidade do Rio de Janeiro. Ele escreveu sua obra em meio a uma tremenda discussão sobre violência na década de 1990, marcada pelas reportagens sobre a chacina de Vigário Geral, arrastões nas praias, guerras nas favelas dominadas pelo tráfico, sequestros e assaltos e o país se perguntava sobre as causas dos problemas.
Mas se essa relação fosse tão simples todos entenderíamos, afinal cada qual teria seu lugar na cidade sem que um interferisse no outro. O complicado é que uns espaços são exclusivos de determinada classe social, a maioria não é.
Perguntas simples resolvem o dilema: onde moram as empregadas domésticas? Onde estudam os adolescentes dos morros? Vou ao baile funk na favela ou na boate?
As respostas das perguntas anteriores indicam que há mais integração socioeconômica que parece, uma dialética interessante, afinal um tiroteio paralisa a cidade tanto quanto uma crise econômica faz aumentar o desemprego nas favelas ou um título de copa do mundo não diferencia as festas nos dois lados. Nem por isso devemos acreditar que por essas interações existirem, elas sejam cordiais. Há muito preconceito aí dentro, cai o mito da democracia racial junto.

A democracia racial surgiu com a obra de Gilberto Freyre "Casa grande e senzala", onde o autor se esforça para fazer uma releitura da História do Brasil, transformando a escravidão e seus efeitos nefastos em algo bom, pois a miscigenação integrava o negro à sociedade "civilizada". Então esse discurso foi amplamente empurrado goela adentro nas universidades, escolas e mídia, servindo para aliviar a barra das elites nacionais e assim parecer ao pobre que é bom ficar cordialmente sobre exploração deles. O chato é que apesar do que muitos pesquisadores já publicaram para contradizer esse discurso, ele se mantem porque ainda servem ao propósito de dominação das elites.



Mas ainda falta para a maioria das pessoas acreditar nas pesquisas publicadas que indicam um recorte racial forte na distribuição da riqueza em nosso país. Quanto maior a renda, menor a quantidade de negros e pardos. A manutenção dos privilégios continua firme e forte.
Apesar da interferência mútua nos espaços e na vivência da cidade, gangues de classe média e ricos querem impor sua ordem (alem daquela que a polícia já faz em seu favor). Com discursos recheados de preconceitos e se sentindo acima da lei, promovem uma separação na base da pancada em cima daquele que parece suspeito de não pertencer  ao seu mundo. Daí o único recorte que fazem é o racial.

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro... (Fonte: Jornal Extra Online)

Vejamos como os conflitos que vem se acirrando no Brasil vão desenvolver esse enredo. Até lá devemos criticar erros, inibir o crescimento da extrema direita com seus pensamentos fáceis, mostrar os reais motivos por que coisas assim ocorrem e cobrar dos políticos e do judiciário que garantam o direito de todos, principalmente dos mais vulneráveis. Enquanto isso vou deixar um vídeo revelador, embora um pouco sensacionalista, que mostra como esses problemas são antigos. Ele se chamava Documento Especial e era produzido pela extinta TV Manchete.



domingo, 20 de setembro de 2015

Terremotos no Brasil


Terremotos ocorridos no Brasil

Na semana do fortíssimo terremoto seguido de (pequeno, ufa!) tsunami no Chile os alunos sempre perguntam: "e no Brasil, tem terremoto? Tsunami?". A resposta que dou é que sim, porem sem a mesma frequencia e intensidade que ocorrem em determinados lugares. O mapa acima deixa bem claro o seguinte: apesar de poucos, alguns terremotos foram bem assustadores, beirando estimativas de 7,0 graus na escala Richter.

Fonte: Folha de São Paulo 
Apesar de não medir os danos provocados por um sismo, dá pra ter uma noção do que ocorre pela intensidade. A escala de Mercalli é exclusiva para medir danos sem levar em conta a intensidade do terremoto, mas somente desabamentos, feridos e mortos no evento. Assim um terremoto de 8,3 como o do Chile que matou 5 pessoas foi menos destrutivo que um de 7,0 que tenha matado 10 em outro lugar mais povoado.
Voltando para o Brasil, o maior terremoto já relatado foi estimado em 7,0 com epicentro em Manaus no ano de 1690. Os registros da época, feitos por padres jesuítas das missões na região, relataram fortes tremores com danos às casas, árvores derrubadas e uma inversão temporária do curso do rio amazonas com inundações nas margens de toda a bacia hidrográfica.

Fonte: UnB

Mas porque o Brasil tem sismos se não está perto de limites de placas convergentes? A resposta é que o território brasileiro tem falhas geológicas que, de vez em quando, se movimentam. Entenda essas falhas como "rachaduras" na crosta continental e elas estão sujeitas à tectônica de placas, por isso essas falhas se movimentam junto com o resto da placa. É igual a uma freada quando estamos em um ônibus, a gente se mexe junto com o veículo, mas você pode escorregar um pouquinho mais no banco até se segurar.


Viram quantas falhas geológicas? É meio preocupante, mas pelo menos não veremos aqui em terras brasilis sismos acima de 8,0 (espero não queimar a língua). Mas e tsunamis?
Um terremoto com mais de 7,0 de intensidade pode gerar grandes ondas se for perto do oceano ou no fundo dele e, de vez em quando, a cordilheira meso oceânica no Atlântico apronta um desses. Apesar de ser um limite divergente, há muitas falhas transcorrentes que são perigosas.
Em 1541 foi relatado que uma onda gigante que devastou São Vicente, então uma pequena vila ocupada por indígenas e portugueses. Tiveram que mudar a vila de lugar tamanha devastação. Mas não há consenso se foi um tsunami porque a vila destruída ficou embaixo d'água, abrindo caminho para um possível escorregamento do litoral, rebaixando-o e seguindo a inundação.
Enquanto isso, vamos torcendo para nunca ter nada disso por aqui...

sábado, 12 de setembro de 2015

Migrações e discursos midiáticos.

São somente os sírios? Não parece...
Nos últimos meses fomos bombardeados pela mídia com imagens lamentáveis de imigrantes sofrendo todo tipo de violências, privações e mortes (inclusive posts com o menininho morto na praia que me recuso a por aqui) tentando entrar na Europa. Observando o movimento de notícias dos jornalões e seus sites percebi uma massificação estranha da informação de que sírios estariam invadindo pelo Mar Mediterrâneo. Mas como assim? 
Claro que os conflitos recentes pós Primavera Árabe deixou o governo (ditatorial) de Bashar Al Assad frágil, que piorou com os avanços do ISIS e forçou xiitas e curdos a saírem do país (sim, porque o grupo terrorista é sunita!). Agora, generalizar a intensidade desse fluxo migratório parece demais, porque esconde um motivo torpe.


Não podemos ignorar a força da mídia global e nem esquecer que são empresas cujos objetivos são os mesmos de uma fábrica de refrigerantes: obter lucro e manter-se no mercado. A segunda opção depende de impor os valores que lhes favorecem ao seu público, que são os da elite. Ou seja, essa mídia deve convencer seu consumidor que não há nada de errado em ganhar muito dinheiro a qualquer custo. Melhor ainda se o leitor nem chegar a perguntar quem perde com esse lucro obtido.
Convencer as pessoas que a guerra e o terror no Oriente Médio são os únicos culpados pela migração é muito fácil, afinal estamos lendo sobre isso desde a criação do estado de Israel no ano de 1948 pela ONU e os conflitos seguintes. Fomos convencidos que a ignorância deles é culpada pelas tragédias locais. Mas o que está escondido nessa fábula?

Pegam a riqueza,mas esquecem das pessoas.
O motivo oculto, sem teoria conspiratória, é o agravamento da crise na atual fase do capitalismo. Desde 2008 (aquela iniciada nos EUA) os mercados financeiros registram queda dos lucros empresariais em um sistema onde a empresa que empata o lucro, ainda que seja alto, é criticada. Imagina reduzir...
Por isso as notícias sobre a acumulação dessas riquezas ficam convenientemente desconectadas dos motivos das migrações massivas recentes. Simplesmente essas pessoas já não tem mais o que perder, então tentam ir a um país rico e melhorar de vida. A morte já é uma realidade onde vive, seja pela guerra ou pela pobreza extrema e se ocorrer durante a travessia das fronteiras é só uma antecipação do inevitável.

Um levantamento da ONG Oxfam, do Reino Unido, mostrou os dados acima que ano passado 1% da população mundial possuia 48% da riqueza do mundo. E que a previsão para 2016 é que, apesar da crise, essa minoria acumule mais de 50% da riqueza. Resumindo: não há muito mais o que explorar nas classes médias e pobres do planeta! Então não é surpresa que as pessoas se revoltem ou tentem mudar pela força.


Agora a União Européia discute o que fazer com essas pessoas. Os países mais acessados como Grécia, Hungria e Itália não querem ficar com todos. Imagens terríveis vem correndo a rede com reações militares e ódio da população que se vê "ameaçada" pelo desconhecimento da real situação desses refugiados globais. Estudam devolver ou dividir refugiados, erguer muros ou ignorá-los ao mar, menos solucionar os problemas reais que os motiva a sair. Nenhum desses países quer abrir mão da exploração.
O certo é que sem uma solução conjunta, ouvindo os países de origem, entendendo suas dificuldades e ajudando-os com seus problemas a tendência é a piora dos efeitos. Em sua obra final chamada "Por uma outra globalização", Milton Santos classificou a globalização como perversa porque transforma consumo em ideologia e com isso concentra a riqueza nas mãos de poucos. Ele não se enganou, precisamos fazer as pessoas compreenderem essa relação para não se equivocarem manipuladas pelos causadores da crise atual. Afinal, não deveria ser errado que esses refugiados busquem exatamente a riqueza onde ela está mais presente. Eles só estão atrás do que lhes foi ensinado.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Atividade do 9º Ano Para Recuperação de Nota

O link abaixo é para os estudantes acessarem uma atividade rápida que valerá uma nota ainda para o 3º trimestre. O link ficará ativo até o dia 10 de setembro. Boa sorte!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O el niño está oficialmente de volta!

A mancha amarelada indica água quente na superfície do Pacífico (Fonte: Noaa - 2015)

Sim, ele voltou! O el niño surge agora em 2015 e foi confirmado pelas principais agências de análises climáticas do mundo, já que 2010 foi o último ciclo observado. Seus efeitos vão mudar o noticiário do Brasil nos próximos meses, principalmente com a forte intensidade medida neste início de ciclo.
Então, o que é o el niño?
É uma redução da velocidade dos ventos alísios sobre o Oceano Pacífico central (de leste para oeste) que faz a água quente da superfície oceânica predominar. Assim altera-se toda a circulação da água na região e, por consequência, a distribuição das chuvas e da temperatura durante o fenômeno. No Brasil, onde observamos secas históricas e frio congelante nas regiões sul e sudeste, veremos uma mudança radical com aumento nas temperaturas e chuvas nessas regiões, em especial no sul. No nordeste a seca vai se agravar, piorando a qualidade de vida das populações sertanejas.

(Fonte: INPE)
Enquanto vemos seca, racionamento e falta de água nos reservatórios sendo discutidos sem ações reais do poder público, esquecemos de cobrar outras obras preventivas contra enchentes e deslizamentos em áreas de risco como se nunca tivesse acontecido. Isso quer dizer que esquecemos ou lembramos de acordo com o momento e nada se faz, como um cão correndo inutilmente atrás do próprio rabo.

Fonte: O El Niño e Você - o fenômeno climático - Gilvan Sampaio de Oliveira 
Editora Transtec - São José dos Campos (SP), março de 2001.

sábado, 22 de agosto de 2015

Jogos Geográficos - Identificar Países


Olá!

Hoje vou apresentar a vocês dois sites com joguinhos em flash player cujos temas são a identificação de países no mapa. Pois é, acabaram-se seus problemas colega...
Chega de ficar carregando mapa pra lá, tirando cópia de mapa mudo pra cá, corrigir uma folha e cada lugar pra ver se o aluno acertou o nome do país e outras perturbações para nós e os alunos achando isso uma decoreba chata.
Caso não tenha internet ou sala de informática com acesso à rede em sua unidade, indique os endereços e deixe a molecada disputar quem faz mais pontos pelo celular ou em casa. Crie tambem mini torneios, enfim, use a ferramenta e a imaginação.
O primeiro que indico é só sobre o continente africano: http://youdontknowafrica.com/



Apesar do conteúdo ser todo em inglês (peça ajuda ao colega da área e faça um trabalho interdisciplinar), os gráficos são bonitos pois o mapa usado é retirado de imagens de satélite. Tem modo fácil (20 países) ou difícil (incríveis 47 países!).
O segundo é mais completo, pois tem todos os continentes: http://www.jogos-geograficos.com/


Todo em português (de Portugal, mas nada complicado de usar), tem opções para achar cidades e estados do Brasil, Portugal e continente europeu. Já na opção mundo identifique bandeiras, cidades e países dos demais continentes. Há opção do modo normal (mais difícil) ou júnior (mais fácil) de acordo com a idade ou ano de escolaridade.
Ensinar e aprender não precisa ser chato, bons estudos!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pé na África - Origem do Projeto

Vista aérea da Escola Nilo Batista
Bom dia!
Hoje vamos conhecer um pouco do meu trabalho como educador na Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, que completou 20 anos de existência em maio deste ano de 2015. Estou nela desde o ano de 2006 e desde que cheguei fiquei curioso com os alunos diferentes que lidava em outros locais onde já havia trabalhado. Foi quando descobri que a escola era quilombola, reconhecida pelo MEC justamente naquele mesmo ano...
Não podia ser melhor, pois em 2005 concluí a pós graduação latu sensu justamente em História da África, rapidamente pedi autorização à direção para criar um projeto sobre o assunto. Observei, pesquisei, perguntei muito e cheguei, com a ajuda dos colegas de profissão, óbvio, ao projeto Pé na África no ano de 2007.

Os principais objetivos deste projeto são: melhorar autoestima dos estudantes, combater o racismo, valorizar a história e cultura negra locais, aproximar a comunidade da escola e aplicar as leis 10.639/03 e 11.645/08. Ele acontece todos os anos e sempre conta com participação de toda a comunidade escolar.
Em 2015 o tema do projeto será "Eu nasci há 400 anos atrás" em homenagem aos 400 anos da fundação da cidade de Cabo Frio, contando sua história e belezas do ponto de vista dos moradores do 2º distrito do município - Tamoios - onde se localiza a unidade escolar. Pela importância do tema, o projeto será feito em conjunto com a Feira Literária da escola. Claro que o nome do nosso projeto foi tirado da música cantada por Raul Seixas "Eu nasci há dez mil anos atrás", esperando sucesso semelhante.
Desde já convido a todos a participar. Estamos nos preparativos e a culminância acontecerá no mês de outubro em data a ser confirmada. Fiquem de olho, pois assim que a informação existir, publicaremos. Até lá, assista o vídeo abaixo publicado no youtube que explica mais um pouco sobre a escola e sua identidade quilombola produzido pelas professoras Rosa Maria e Marcelle Ide como multiplicadoras tecnológicas e seus alunos em 2010.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Bem Vindos!

Olá a todos!

Este é um blog onde todos podem pesquisar e se informar não só sobre Geografia, mas tambem em qualquer área das ciências humanas e da natureza. Espero que gostem e que participem das publicações para enriquecer o espaço. Podem comentar e compartilhar tudo, desde que citem a fonte devidamente.